que nunca. Vivek Murthy, ex-cirurgião geral dos EUA, deixou um alerta
contundente antes de sair do cargo: beber, mesmo em níveis
considerados moderados, pode aumentar o risco de desenvolver câncer.
Principais Fatos:
Risco aumentado para 7 tipos de câncer: Incluem câncer de mama, cólon e fígado;
Impacto nos EUA: Mais de 100 mil novos casos e 20 mil mortes
atribuídas ao álcool por ano;
Cenário Global: Em 2020, 740 mil casos de câncer foram associados ao
consumo de bebidas alcoólicas;
Causas evitáveis: O álcool é a terceira maior causa de câncer
evitável, atrás apenas do tabaco e obesidade.
Novas Medidas: Rótulos de Advertência
Murthy defendeu a inclusão de advertências nos rótulos de bebidas
alcoólicas, como já ocorre em maços de cigarro. A ideia é alertar os
consumidores sobre os riscos, algo que menos da metade dos americanos
reconhecem.
A proposta segue o exemplo da luta contra o tabagismo iniciada em
1964, quando as evidências científicas transformaram o cigarro de
símbolo de status para vilão da saúde pública. As regulamentações
rigorosas, proibição de propagandas e rótulos de alerta resultaram em
uma redução de 73% no número de fumantes nos EUA desde 1965.
Contexto Político e Social
A saída de Vivek Murthy deixa o relatório nas mãos de sua sucessora,
Janette Nesheiwat, e o clima parece favorável. A indicação de Robert
F. Kennedy Jr. como Secretário de Saúde também sinaliza um apoio à
iniciativa, considerando sua experiência pessoal com o alcoolismo e
recuperação.
Um Novo Paradigma?
Assim como o cigarro foi associado ao câncer e regulado, especialistas
acreditam que o álcool pode seguir o mesmo caminho. A conscientização
é o primeiro passo, mas o impacto social e econômico dessas medidas
pode levar anos para se consolidar.
Com números alarmantes e evidências crescentes, o consumo de álcool
caminha para se tornar o próximo grande desafio de saúde pública no
combate ao câncer.
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