Padrasto Condenado a 56 Anos e Mãe a 14 Anos por Crime Brutal em Santa Catarina

 

Na madrugada desta sexta-feira (17), Fabiano Paulo Felisbino, padrasto da menina Luna, recebeu uma sentença impactante de 56 anos, dez meses e três dias de reclusão em regime fechado, além de sete meses de detenção em regime aberto. Por sua vez, Tânia Cristina da Silva Bonet, mãe da vítima, foi condenada a 14 anos de reclusão em regime fechado, com mais seis meses de detenção em regime aberto.

O julgamento ocorreu no Fórum de Timbó (SC), iniciando às 9h de quinta-feira (16) e estendendo-se por mais de 16 horas. Os Promotores de Justiça Alexandre Daura Serratine e Tiago Davi Schmitt apresentaram argumentos que evidenciaram que a pequena Luna foi vítima de uma série de agressões por parte da mãe e do padrasto.

Fabiano foi sentenciado por homicídio qualificado, com os jurados considerando o feminicídio como qualificador do crime, além do motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. Ele também foi condenado por tortura continuada, cárcere privado contra menor de idade, fraude processual e estupro de vulnerável. Tânia Cristina da Silva Bonet, por sua vez, foi condenada por estupro de vulnerável (por omissão) e fraude processual.

O crime, que abalou a comunidade de Timbó e do Médio Vale do Itajaí, revelou que a criança de 11 anos, Luna, vivia sob constantes agressões físicas e psicológicas, fazendo parte de sua rotina. As agressões eram justificadas sob o pretexto de disciplina, resultando em castigos intensos, violência física brutal, ameaças psicológicas e até cárcere privado para ocultar os sinais dos maus-tratos.

No dia 13 de abril de 2022, a violência culminou na morte de Luna, que foi espancada até a morte, sofrendo politraumatismo. O exame de necropsia revelou cicatrizes recentes por todo o corpo da criança, evidenciando as frequentes agressões. Além do homicídio, Fabiano ainda cometeu estupro de vulnerável no mesmo dia.

A prisão preventiva dos réus foi mantida, e ambos permanecem detidos. Fabiano está no Presídio Regional de Blumenau, enquanto Tânia está no Presídio Feminino de Itajaí. O direito de recorrer da sentença em liberdade foi negado a ambos.

 

 

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