Cuba Enfrenta Apagão Prolongado e Protestos São Proibidos

 

Cuba está enfrentando um apagão prolongado que já dura quatro dias, afetando milhões de cidadãos em meio à pior crise econômica e humanitária do país desde os anos 1990. Na última sexta-feira, uma falha na maior usina termelétrica da ilha causou o colapso do sistema elétrico. Embora o governo afirme que mais de 70% da energia já foi restabelecida, uma grande parte da população ainda vive sem luz, agravando a situação após a passagem devastadora do furacão Oscar, que causou seis mortes e destruiu várias casas.

O presidente de Cuba, em uma transmissão em rede nacional, declarou que não vai tolerar protestos que busquem "minar a Revolução" e prometeu processar rigorosamente aqueles que se manifestarem contra os apagões. Apesar disso, a população tem demonstrado sua insatisfação por meio de panelaços, já que o risco de prisão impede manifestações de rua.

O governo cubano responsabiliza o embargo econômico dos EUA pela falta de manutenção no sistema elétrico. A dependência de Cuba do petróleo para gerar cerca de 90% de sua energia e a escassez de recursos essenciais, como combustível, alimentos e medicamentos, intensificam a crise no país. A proibição de protestos pode ser uma tentativa de evitar uma repetição das manifestações de 2021, quando a insatisfação com os apagões resultou nos maiores protestos em 30 anos.

 

 

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